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ALEX SENS FUZIY

I. Sobre o autor

Tenho 18 anos, atualmente curso o terceiro ano do Ensino Médio e ano que vem pretendo entrar para a faculdade, no curso de Psicologia. Meu e-mail é alexsens@uol.com.br e meu site(blog) é http://alexsens.blog.uol.com.br. Contatos com o autor pelo e-mail alexsens@uol.com.br


II. Suas Obras

O grito

Quando se despia dos céus, parecia oscilar entre azul e branco e no fim tornava-se arco-íris. Sob os lençóis já estuprados, gostava de tomar a lua num gole ébrio e ficava a contar as estrelas nos olhos do outro, que sentado sobre os travesseiros cochilava entre piscadas e palavras não ditas. A mão pendia para os lados de madeira, o corpo parecia querer sair daqueles lençóis, desgrudar do branco que refulgia frio. Suas pernas não estavam mais quentes, nem suadas. Frias e secas, mudavam de lado e forma, desenhando sulcos no tecido. O outro continuava sentado, sobre dois travesseiros, agora com apenas um olho aberto e outro fechado, e novamente este aberto e o primeiro fechado, mudando sempre o quadro de Munch de lugar. Era o grito, que, sob a tela, tinha um orgasmo de cores, cheio de tinta ácida. Munch inspirava o outro, que ainda o observava pensativo. Na cama, sua respiração ainda era pausada, sussurrante, contadora de segredos vários. Foi então que o outro gritou, como o quadro, com a boca para engolir o mundo e toda a dor que os poros implodiam. Agora era o quadro que o observava; o branco tomado pelo vermelho e o punhal reluzindo no estômago do outro.